terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Molhada (Conto Erótico)
Amanda tinha uma relação muito íntima com água. Toda vez que
ia tomar banho ficava excitada. Tirava a roupa com sensualidade para si mesma
e, cheia de charme, começava a se molhar. A água percorria-lhe o corpo
arrepiando cada centímetro de pele. Era muito excitante para ela o contato
intrínseco com esse elemento natural. Então depois de relaxar um pouco, ela
pegava o chuveirinho...
Era uma viagem. Ela se desligava totalmente do
mundo e se concentrava apenas em seu prazer. Sentava-se no chão, abria as
pernas com delicadeza e apontava o jato de água para o seu clitóris. Os
primeiros movimentos eram circulares, o que a estimulava lentamente. Em
seguida, aproximava ainda mais o chuveirinho, o que fazia uma espécie de
massagem em seus lábios internos. Sua boceta começava a inchar, o sangue
pulsava para baixo, implorando pelo gozo. De repente, contorcia-se toda,
segurava o grito num gemido baixinho, uma lágrima de prazer escorria pelo rosto
e ela estava definitivamente pronta para o mundo. Renovada. Renascida.
Ela já havia transado tomando banho de
mangueira, na chuva, na banheira de motel e no próprio chuveiro de seu
apartamento. Os melhores orgasmos vinham justamente quando ela estava
literalmente molhada. Nem Amanda sabia o porquê, mas para ela água e gozo
estavam profundamente relacionados.
Amanda era aparentemente uma mulher normal.
Tinha cabelos castanhos, ondulados, nos ombros, pele clara, olhos negros,
magra, seios pequenos, quadril largo e bunda saliente. Mas se pudéssemos buscar-lhe
uma beleza, encontraríamos no modo misterioso de olhar, na maneira sacana de
sorrir e no jeito ímpar de fazer amor. Ela trepava como ninguém! Entendia do
assunto, era desinibida e tinha muita facilidade para gozar, sobretudo sozinha,
estimulando-se e brincando consigo mesma.
Entretanto, já estava sozinha havia alguns
meses, terminara o seu relacionamento de três anos e agora estava em uma fase
de libertação, autoconhecimento e transcendência. Dedicava um tempo do seu dia
para meditar em busca de equilíbrio espiritual. Ainda assim, era adepta a todo
tipo de prazer físico. Para ela, a alma e o corpo não eram uma coisa só, mas
ambos precisavam de cuidados especiais.
O fim de semana chegou e ela sentiu vontade de
fazer algo diferente. Sair da rotina era um de seus lemas. Contudo, a sua mente
a levou automaticamente para lugares aquáticos. Praias, clubes, aquários,
piscinas... isso, uma piscina hoje seria ótimo! Mas com quem ela iria? Não
queria envolvimentos, pois estava curtindo uma vibe diferente agora. Queria se
divertir e relaxar. Pensou bem e decidiu justamente não decidir nada. Iria para
o clube sozinha mesmo e chegando lá iria curtir o momento.
Pegou o seu biquíni predileto, a parte de baixo
lisa, branca, e a de cima com estampas coloridas. Ela sentia que ele valorizava
o seu corpo. Havia se depilado no dia anterior, então estava se sentindo muito
segura e sexy. Apanhou seu chapéu, uma toalha, protetor solar e seus óculos de
sol e partiu. Chegando lá, preferiu entrar primeiro na piscina grande, onde
havia muitas pessoas. Mergulhou e deliciava-se com a sensação de frescor em
pleno verão. Foi até o canto da piscina e ficou observando como as pessoas se
divertiam.
Percorrendo a todos com os olhos, avistou um
homem de uns trinta anos, moreno escuro, careca, forte, alto, corpo liso, usava
uma sunga preta e estava nadando sozinho. Tinha lábios carnudos e dentes
grandes e brancos. Ele era bombeiro, mas ela nem desconfiava. Na verdade, isso
não importava naquele momento. Admirava-o sem saber o motivo certo. Ficava
olhando para ele como alguém que precisa de água no deserto.
Resolveu se aproximar. Mergulhou até perto de
onde ele estava e quando saiu da água acabou esbarrando nele, de propósito,
claro. Ele a segurou, por instinto, com braços fortes mas suaves, achando que
ela estava se afogando ou algo assim. Cruzaram um olhar fulminante e ambos
sorriram, afinal, nada de mau havia acontecido, pelo contrário, uma energia
estranha e contagiante havia tomado conta dos dois naquele momento. Tem coisas
na vida que tornam as palavras realmente dispensáveis. Eles se sentiram à
vontade um com o outro. O bombeiro frequentava sempre aquele clube, conhecia
muito bem o lugar e tinha bons contatos lá dentro. Conversaram por alguns
minutos e então ela foi convidada por ele a conhecer uma outra piscina que
havia num lugar mais reservado. Ela aceitou. Entretanto, nesse momento seu
biquíni não estava mais molhado apenas porque estavam dentro da água.
Foram até um lugar de acesso privado, fechado,
disponível para o bombeiro e para poucos. Ele conhecia o dono do local e tinha
as costas quentes, podia ir e vir como quiser. Já havia salvado algumas vidas
naquele clube. Era uma piscina pequena. Ele entrou primeiro e a convidou
esticando a mão e fazendo cara de puto. Ela retribuiu o olhar com cara de
safada e entrou em
seguida. Ambos sabiam o que queriam, não havia dúvidas,
frescuras nem joguinhos. Queriam trepar!
Aproximaram-se, ela colocou as mãos sobre o
peitoral dele, que por sua vez a agarrou pela cintura com firmeza. Começaram a
se beijar com uma fúria de dois apaixonados, como se o dia não fosse acabar,
como se não houvesse mais tempo para ser feliz. A química rolou, como era de se
esperar. O pau dele começou a inchar e parecia não caber mais na sunga. Ela
encostou seu corpo no dele e sentiu o seu volume. O bombeiro, percebendo que
ela estava entregue, pegou-a pelas coxas e a fez montar nele. Amanda fervia de
tesão, esfregava a sua bocetinha na pica grossa dele, remexendo e rebolando
feito uma vadia. Ela adorava uma sacanagem. E ele já estava no ponto de meter,
o pau latejando, duro como rocha, com as veias pulsando o veneno que mais tarde
ela beberia e a faria morrer de prazer.
Então, sem aguentarem mais esperar, ele arrancou
aquela vara enorme pra fora e olhou pra ela. Como toda vagabunda bem prendada -
e tomem isso como um elogio -, não foi preciso dizer palavra, ela desceu,
prendeu a respiração e começou a chupá-lo debaixo da água. Mamava o quanto
suportava e subia tomar ar, descia novamente, colocava tudo na boca, punhetava
e voltava. A danada sabia fazer o serviço bem feito. O bombeiro já estava
ficando louco, então a encostou numa beirada da piscina, tirou o biquíni de
lado e carcou com força a sua mangueira cheia de fogo nela. Amanda, escorada e
empinada ao máximo, rebolava e socava a bunda na piroca do moreno. O cara metia
com vontade, lutando contra a pressão da água, e então resolveu provocá-la,
colocou dois dedos na boca dela. Enquanto ela chupava os dedos dele, levava uma
carcada por trás. Ela mordia e babava. Que trepada deliciosa. Quando ele percebeu
que não iria mais aguentar, subiu na borda da piscina, sentou-se, e enquanto se
masturbava, ela veio abocanhando tudo, desejando como nunca sorver todo aquele
leite. E assim foi. Ele jorrava porra pra cima e ela bebia tudo com uma
velocidade de perita, profissional, dedicada, deliciada.
Ao término, sorriram um para o outro, sabendo,
ambos, que a missão estava cumprida. Pelo menos para ele. O que o bombeiro não
sabia é que não havia conseguido acabar com o incêndio que ainda tomava conta
dela.
Voltaram para a parte central do clube. Ele foi
para a piscina. Amanda ficou tomando sol, bebendo e olhando as pessoas. Seu
corpo trepidava por dentro. Faltava-lhe algo. Depois de algumas horas,
trocou-se e foi embora. Chegando em casa, entrou no banheiro, olhou para o
chuveirinho e sentiu que sua calcinha estava ficando molhadinha novamente.
Marco Hruschka
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Quem sou eu?
- Marco Hruschka
- Maringá, Paraná, Brazil
- Marco Hruschka é natural de Ivaiporã-PR, nascido em 26 de agosto de 1986. Morou toda a sua vida no norte do Paraná: passou a infância em Londrina e desde os 13 anos mora em Maringá. Sempre se interessou em escrever redações na época de colégio, mas descobriu que poderia ser escritor apenas com 21 anos. Influenciado por professores na faculdade – cursou Letras na Universidade Estadual de Maringá – começou escrevendo sonetos decassílabos heroicos, depois versos livres, contos, pensamentos e atualmente dedica-se a um novo projeto: contos eróticos. Seu primeiro poema publicado em livro (Antologia de poetas brasileiros contemporâneos – vol. 49) foi em 2008 e se chama “Carma”. De lá para cá já, entre poemas e contos, já publicou mais de 50, não apenas pela CBJE, mas também em outras antologias. Em 2010 publicou seu primeiro livro solo: “Tentação” (poemas – Editora Scortecci). Em 2014, publicou “No que você está pensando?” (Multifoco Editora), livro de pensamentos e reflexões escrito primordialmente no facebook. É professor de língua francesa e pesquisador literário.
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"A vida é um compromisso inadiável" M. H.
"A cumplicidade é um roçar de pés sob os lençóis da paixão." M.H.
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