quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Todas as canções que eu puder compor


Eis abaixo um poema de um grande amigo meu que será publicado pela Câmara brasileira em janeiro de 2009. Espero que gostem!


João Paulo Bueno


Todas as horas que o relógio pode me dar

São tuas, até o dia acabar.

Todos os sonhos que eu puder sonhar

São teus, enquanto a noite durar.

 

Todas as folhas que o vento consiga trazer

São lembranças pra não te esquecer

Todos romances que a vida puder escrever

São nossos, enquanto o poeta viver

 

Por que assim eu posso ser feliz

Por que assim você vive dentro de mim

 

Todas as rosas que eu puder roubar

São tuas, até o inverno chegar.

Todos os beijos que eu puder beijar

São teus até o amor acabar

 

Todos os medos acabam por partir

Quando eu vejo, teus lábios a sorrir

Todas as canções que eu puder compor

São tuas enquanto houver amor

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O vôo do colibri

Bonjour à tous...

Posto agora um poema que, num momento de inspiração e labuta, eu e meu parceiro literário, Luís, escrevemos...

Trata-se de um tema atual, a liberdade sexual feminina, espero que gostem. Como sempre, os comentários são bem-vindos! Um abraço a todos aqueles que lêem meus textos e que me apoiam! ;) 



Marco Hruschka

Luigi Ricciardi


Desolada e infeliz com minha vida,

Coloco-me debaixo da água fria

A crer que nada mais me restaria,

Pois em um ano nunca fora ouvida...

 

Saio do banho toda esbaforida

Despejando arsenal de versaria

E no ápice total de alarvaria

Vejo-me no espelho refletida...

 

Noto agora a beleza desta imagem

A rorejar aljôfar prateado,

Sinto o meu coração descompassado

Pulsando a despertar alma selvagem...

 

Tez eriçada, rosto sem maquiagem,

Ventre livre e o corpo embriagado.

Doces curvas, regaço perfumado,

Pura tentação à libertinagem...

 

Num consciente ímpeto de loucura,

Atiro-me ao espelho e sugo-me a alma.

Dos conceitos me dispo por m’nha palma,

Convido-me a gozar desta pintura...

 

Com minha amante faço uma aventura:

Toque, prazer, deleite que me ensalma,

Satisfação perfeita que me acalma,

Com meu novo amor sinto-me segura...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Pedro Páramo - Juan Rulfo

Retirei algumas citações interessantes do livro que acabei de ler, Pedro Páramo, do escritor mexicano Juan Rulfo. Obra cuja estrutura "caótica" nos faz "afiar" os olhos para que se torne possível entender o que se passa. Os flash-backs são constantes e se não se atentar fica difícil saber de quem é a próxima fala. Além disso, não se sabe quem está vivo e quem está morto, ao mesmo tempo em que se tem um diálogo aparentemente normal, essas pessoas podem estar a conversar já enterradas de dentro do caixão! É surpreendente!

“Aquilo está sobre as brasas da terra, na própria boca do inferno. E posso até lhe dizer que muitos dos que morrem por lá, ao chegarem ao inferno, voltam pra buscar o cobertor.” 

“Senhor, você não existe! Eu pedi a você proteção para ele. Que cuidasse dele pra mim. Isso eu pedi a você. Mas você só se ocupa com as almas. E o que eu quero dele é o corpo. Nu e quente de amor, fervendo de desejo, esmagando o tremor dos meus seios e dos meus braços. Meu corpo transparente pendurado no seu. Meu corpo leve, seguro e solto por suas forças. O que é que vou fazer agora com os meus lábios sem a sua boca para enchê-los? O que é que vou fazer dos meus lábios doloridos?” 

“Seus lábios estavam molhados, como se o orvalho tivesse beijado”.

“Faltava muito para o amanhecer. O céu estava cheio de estrelas, gordas, inchadas de tanta noite. A lua saíra por um momento e fora embora logo. Era uma dessas luas tristes que ninguém olha, a que ninguém liga. Esteve um momento ali desfigurada, sem trazer nenhuma luz, e depois foi-se esconder atrás dos morros.” 

 

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Quem sou eu?

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Maringá, Paraná, Brazil
Marco Hruschka é natural de Ivaiporã-PR, nascido em 26 de agosto de 1986. Morou toda a sua vida no norte do Paraná: passou a infância em Londrina e desde os 13 anos mora em Maringá. Sempre se interessou em escrever redações na época de colégio, mas descobriu que poderia ser escritor apenas com 21 anos. Influenciado por professores na faculdade – cursou Letras na Universidade Estadual de Maringá – começou escrevendo sonetos decassílabos heroicos, depois versos livres, contos, pensamentos e atualmente dedica-se a um novo projeto: contos eróticos. Seu primeiro poema publicado em livro (Antologia de poetas brasileiros contemporâneos – vol. 49) foi em 2008 e se chama “Carma”. De lá para cá já, entre poemas e contos, já publicou mais de 50, não apenas pela CBJE, mas também em outras antologias. Em 2010 publicou seu primeiro livro solo: “Tentação” (poemas – Editora Scortecci). Em 2014, publicou “No que você está pensando?” (Multifoco Editora), livro de pensamentos e reflexões escrito primordialmente no facebook. É professor de língua francesa e pesquisador literário.

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"A vida é um compromisso inadiável" M. H.
"A cumplicidade é um roçar de pés sob os lençóis da paixão." M.H.

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