terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Metal contra as nuvens - Legião Urbana
Um post musical. Uma homenagem a uma banda que aprecio bastante. Uma letra muito poética e filosófica, com ideologia, o que falta aos nossos jovens de hoje em dia. Um brinde à Legião Urbana, imortalizada em nossos corações!
Metal Contra as Nuvens
Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.
II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...
III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói

E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.
IV
- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Clube de Leitura


Nesse mês de dezembro de 2009, eu fiquei incumbido de presidir o Clube de Leitura Pessoa de Saramago Assis, no qual se discutiu o livro Leite Derramado, de Chico Buarque. Então foi preciso, antes de começar o debate de idéias, situar o autor no tempo e comentar sucintamente sobre a sua obra artística num geral, ou seja, falar de Chico Buarque como músico e compositor e, em seguida, como romancista. Ao adentrar em Leite Derramado e dividir opiniões com os participantes, percebi que o livro acabou proporcionando mais reflexões do que o esperado. Estou muito feliz com o crescimento do nosso Clube e com a participação de todos. Conheça o Clube de Leitura Pessoa de Saramago Assis e participe! Leia, dê a sua opinião! É preciso refletir e difundir a cultura.
Marco Hruschka
domingo, 20 de dezembro de 2009
Eros e Psiquê - Fernando Pessoa
Eis um de meus poemas prediletos: Eros e Psiquê, de Fernando Pessoa. O texto pode ser encontrado no livro Cancioneiro. Trata-se de uma releitura do mito grego. No vídeo, a declamação do poema por Maria Bethânia com piano ao fundo. A primeira foto é uma escultura de Antonio Canova chamada Psiquê revivida pelo beijo de Eros, a segunda foto é uma pintura que se chama L'enlèvement de psyché, de William Bouguereau. Abaixo um link sobre o mito de Eros e Psiquê. Declamação, música, escultura, pintura e poesia, viva a junção das Artes!
Marco Hruschka
Conta a lenda que dormia

A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
O mito de Eros e Psiquê - Clique e saiba mais!
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
O mito de Eros e Psiquê - Clique e saiba mais!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Amores perdidos
Não se acredita mais em amor à primeira vista
O medo impera como sentimento absoluto
Pessoas magoadas da vida já não apostam mais
Corações são chagas, falta de esperança, luto
Para onde quer que eu vá, dor e desilusão
Um passado que se torna presente e futuro
Aquela mágoa de outrora desenha o porvir
Está tudo bloqueado, tudo tão incerto e inseguro
Quero a in(constância) de poder amar de verdade
Sentir-me vivo, pois que só o Amor dá vida
Pois que só o Amor é a razão de viver
Senão um vazio, um nada, uma treva dolorida
Esperanças dilaceradas, assassinadas e enterradas
Auras gêmeas que se casam, unem-se em ideal
E sonham à distância o amor reprimido pela dúvida
Sentimentos aprisionados, causadores de todo mal
Amarei por todo o sempre a idéia de amar
Incondicionalmente, sem limite, sem medida
O caminho é turvo, lusco-fusco, há névoa em volta
Mas encontrarei o par perfeito ressussitando a paixão desfalecida
Marco Hruschka
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Chico Buarque falando francês
Chico Buarque dá entrevista para a TV francesa, depois de cantar "Piano na Mangueira". Aproveito para postar aqui também o vídeo em que ele lê o começo do seu último romance "Leite Derramado", obra que se será discutida nesse mês de dezembro pelo nosso Clube de Leitura Pessoa de Saramago Assis.
Marco Hruschka
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- Marco Hruschka
- Maringá, Paraná, Brazil
- Marco Hruschka é natural de Ivaiporã-PR, nascido em 26 de agosto de 1986. Morou toda a sua vida no norte do Paraná: passou a infância em Londrina e desde os 13 anos mora em Maringá. Sempre se interessou em escrever redações na época de colégio, mas descobriu que poderia ser escritor apenas com 21 anos. Influenciado por professores na faculdade – cursou Letras na Universidade Estadual de Maringá – começou escrevendo sonetos decassílabos heroicos, depois versos livres, contos, pensamentos e atualmente dedica-se a um novo projeto: contos eróticos. Seu primeiro poema publicado em livro (Antologia de poetas brasileiros contemporâneos – vol. 49) foi em 2008 e se chama “Carma”. De lá para cá já, entre poemas e contos, já publicou mais de 50, não apenas pela CBJE, mas também em outras antologias. Em 2010 publicou seu primeiro livro solo: “Tentação” (poemas – Editora Scortecci). Em 2014, publicou “No que você está pensando?” (Multifoco Editora), livro de pensamentos e reflexões escrito primordialmente no facebook. É professor de língua francesa e pesquisador literário.

No que você está pensando?
"A vida é um compromisso inadiável" M. H.
"A cumplicidade é um roçar de pés sob os lençóis da paixão." M.H.

Tentação
181027
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