terça-feira, 24 de abril de 2012
Sem hiato
Quando nossos corações
Outrora separados
Individualizados
Tornaram-se união
Fui de mim ao céu
Num repente, sem pensar
E senti calmamente acalentar
Nossos corpos meio ao léu
De minh’alma me separei
E viajei aéreo num instante
Eternamente agraciado, amante
Flutuante e extasiado me encontrei
E continuei, galgando mais e mais
Indo e vindo em movimento compassado
Peles, lençóis, delírio, tudo entrelaçado
A carne é trêmula e os gestos não-vestais
Depois do gozo, amor realizado em ato
Abraço-te ofegante, quase sem respiração
Lábios alterados, sorriso de satisfação
Agora somos um, unidos, sem hiato
Marco Hruschka
Marco Hruschka
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Quem sou eu?

- Marco Hruschka
- Maringá, Paraná, Brazil
- Marco Hruschka é natural de Ivaiporã-PR, nascido em 26 de agosto de 1986. Morou toda a sua vida no norte do Paraná: passou a infância em Londrina e desde os 13 anos mora em Maringá. Sempre se interessou em escrever redações na época de colégio, mas descobriu que poderia ser escritor apenas com 21 anos. Influenciado por professores na faculdade – cursou Letras na Universidade Estadual de Maringá – começou escrevendo sonetos decassílabos heroicos, depois versos livres, contos, pensamentos e atualmente dedica-se a um novo projeto: contos eróticos. Seu primeiro poema publicado em livro (Antologia de poetas brasileiros contemporâneos – vol. 49) foi em 2008 e se chama “Carma”. De lá para cá já, entre poemas e contos, já publicou mais de 50, não apenas pela CBJE, mas também em outras antologias. Em 2010 publicou seu primeiro livro solo: “Tentação” (poemas – Editora Scortecci). Em 2014, publicou “No que você está pensando?” (Multifoco Editora), livro de pensamentos e reflexões escrito primordialmente no facebook. É professor de língua francesa e pesquisador literário.
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"A vida é um compromisso inadiável" M. H.
"A cumplicidade é um roçar de pés sob os lençóis da paixão." M.H.
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5 comentários:
Que bom! Sem Hiato, sem separação.
Palmas.
Beijos!
Dos sete pecados, acho que estou condenado em todos.
Um forte abraço.
mas um dia temos
que separar o hiato
quando vamos soletrar
o poema
mas é somente
uma divisão silábica
depois os lábios
voltam a se beijar
e no final o que vale
é o poema.
Luiz Alfredo - poeta
Tenho uma grande dificuldade em escrever sonetos. Acho que o primeiro e o último verso da estrofe nunca são grandes o suficiente para a rima poder ser percebida sem alterar o ritmo.
Que belíssimo poema. E o amor entre duas pessoas tem que ser desse jeito: sem separação.
Tenho uma grande dificuldade de escrever sonetos. O primeiro e o último verso da estrofe nunca são grandes o suficiente para a rima ser percebida sem mudar o ritmo.
Belo poema! E o amor entre duas pessoas tem que ser exatamente assim: sem separação!