quarta-feira, 15 de abril de 2009

Arnaldo Jabor - Deusas do sexo

Brindemos às mulheres intelectualmente capazes, que possuem uma visão de mundo avançada, aquelas que nos atraem pela inteligência, pelo bom gosto. Um viva às gentilizes e seu reconhecimento, apostamos ainda nos valores morais, não falamos daqueles deturpados e impregnados na sociedade, claro está, mas daqueles que nos remetem ao clássico, à saúde mental da população.

Marco Hruschka




A política está tão repulsiva que vou falar de sexo.

Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. É isto mesmo. Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha? As mulheres não são mais para amar; nem para comer. São para "ver". Que nos prometem elas,com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones? Prometem-nos um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão preparados... As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura. Os machos estão com medo das "mulheres-liqüidificador".

O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas almejam ser, é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a "valentina", a "barbarela", a máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico tesão. Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há.

Os "malhados", os "turbinados" geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou. Ou, então, reprodutores como o Szafir, para o Robô-Xuxa. A atual "revolução da vulgaridade", regada a pagode, parece "libertar" as mulheres. Ilusão a toa. A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: super-objetos.

Se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades. Mas, diante delas, o homem normal tem medo. Elas são areia demais para qualquer caminhão. Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens que rabalham mais e ganham menos, tem medo de perder o emprego, vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando o sacos, lambendo botas,engolindo sapos, sem o antigo harme "jamesbondiano" dos anos 60. 

Não há mais o grande "conquistador". Temos apenas os "fazendeiros de bundas" como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeurs, babando por deusas impossíveis. Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos" normais" e "disponíveis"... Pois bem. Com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor. Mas ainda existem mulheres de verdade. Mulheres que sabem valorizar o que tem "dentro de casa". E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir uma música do Paulinho Moska ou de Ravel sem medo de parecer um "tio" ou "aquele cara metido a intelectual". Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas. Cartas (ou e- mails) românticos. Escutar no som do carro aquela fitinha velha dos Carpenters ou o Cd dos Carpenters (Kenny G já chega a ser meio breguinha... mas é bom !!), namorar escutando estas musiquinhas tranquilas. Penso que hoje, num encontro de um "Turbinado" com uma "Saradona" papo deve ser do tipo "meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil.

Ah querido ... o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nem vou precisar de plástica".

Para bom entendedor ... meia. E a música ?? Se não for o "último" "sucesso (????)" dos Travessos ou Chama-Chuva ... é BONDE DO TIGRÃO mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixe que criem estereótipos!!

Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher brasileira é linda por natureza !! Silicone é para as americanas que não possuem a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza. E se os seus namorados pedirem para vocês ficarem igual a feiticeira, fiquem ... a Feiticeira dos seriados de Tv. Façam-os sumirem !!!

5 comentários:

Sunshine disse...

Gostei do post. Se quiser fazer uma visitinha, meu blog é www.brazucasunshine.wordpress.com
:)

espero que goste.

Bjo

Ana Silva disse...

Adoro o Jabor!!Ele fala exatamente o que eu penso!!
Se puder acesse meu blog
http;//amulhernomundos.blogspot.com

Anônimo disse...

O Jabor continua tonto como sempre. Medíocre, destrutivo e falando de suas próprias frustrações.
Fazer o que? Quem não tem talento vive de do que a maioria gosta: falar mal dos outros assim como eu.

Ana Silva disse...

Jabor sou sua fã. Voce é inteligente, sensível, o máximo!! Parabéns pela sua coragem e ousadia!

raquel liz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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Maringá, Paraná, Brazil
Marco Hruschka é natural de Ivaiporã-PR, nascido em 26 de agosto de 1986. Morou toda a sua vida no norte do Paraná: passou a infância em Londrina e desde os 13 anos mora em Maringá. Sempre se interessou em escrever redações na época de colégio, mas descobriu que poderia ser escritor apenas com 21 anos. Influenciado por professores na faculdade – cursou Letras na Universidade Estadual de Maringá – começou escrevendo sonetos decassílabos heroicos, depois versos livres, contos, pensamentos e atualmente dedica-se a um novo projeto: contos eróticos. Seu primeiro poema publicado em livro (Antologia de poetas brasileiros contemporâneos – vol. 49) foi em 2008 e se chama “Carma”. De lá para cá já, entre poemas e contos, já publicou mais de 50, não apenas pela CBJE, mas também em outras antologias. Em 2010 publicou seu primeiro livro solo: “Tentação” (poemas – Editora Scortecci). Em 2014, publicou “No que você está pensando?” (Multifoco Editora), livro de pensamentos e reflexões escrito primordialmente no facebook. É professor de língua francesa e pesquisador literário.

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