segunda-feira, 5 de maio de 2014
Nós, animais (resenha)
Poesia, animalidade, alma e consciência em "Nós, animais"
(Por Marco Hruschka)
A Evely Libanori é alguém especial para mim. Uma pessoa que admiro muito. Alguém que entende de Literatura. Alguém que ama os animais, mas que também ama os humanos. Nós nutrimos um carinho especial um pelo outro, somos bons amigos. Vou escrever algo sobre o livro que ela lança não somente pela relação que temos, mas pelo que a obra representa enquanto mensagem.
Este livro é uma
oração. Definitivamente, além de boa literatura, é uma prece de um narrador
que, ajoelhado, rodeado de outros animais, olha para o céu e reza para um Deus de bondade, um
Deus capaz de fazer milagres. Um Deus que possa cuidar de nós.
Este livro é um grito.
Uma explosão vinda diretamente das entranhas de alguém que não pode mais
suportar a dor da desigualdade, da indiferença, da paixão. Um vulcão em
erupção cuspindo um grito de socorro ensurdecedor. Um coração acelerado. Uma voz que deve ser
escutada.
Com textos curtos, frases
ligeiras e linguagem de fácil compreensão, tudo muito bem escrito, Evely conversa
com o leitor de modo a comovê-lo, sensibilizá-lo e, ao mesmo tempo, chacoalhá-lo,
fazendo-o refletir sobre os seus atos cotidianos, suas atitudes com relação aos
outros animais, o modo como, de fato, a maioria de nós interage com eles.
Confesso que me pegou desprevenido
o lirismo de “Pulsação”, pois tem algo a mais de poesia que os outros textos.
Gostei muito! A poesia sempre me atrai, mesmo na prosa. Sobretudo na prosa.
Se Clarice Lispector pudesse
ler “Os mimadinhos filhos de Deus” diria que esse texto também é um soco no
estômago e, como o resto do livro, um tapa na cara. Um golpe certeiro. Que dói!
Pois nos faz pensar sobre o nosso lugar no mundo e qual a nossa relação de fato
com tudo que nos circunda, o que criamos, o que somos, o que deveríamos ser, se
racionais deveras fôssemos.
E quanta agonia, quanta
dor, quanto sofrimento em “Ela mata gatos, não mata?”. Quem já perdeu algum
animal de estimação vai se sensibilizar muito com a história da gata Bárbara e seus
filhotes. Uma crônica que mostra o quanto o ser humano pode ser cruel. Muito
mais cruel do que qualquer outro animal na natureza porque tem consciência do
que está fazendo, sabe exatamente a atrocidade que comete e ainda assim não
toma outra medida. Estou falando exatamente de Nós, animais.
E a história do
bem-te-vi Benjamin?! Impossível não se emocionar! O ser humano deveria passar
mais tempo com a natureza! Respeitando-a, amando-a, partilhando-se em meio a
ela. No que nos diferenciamos de um pássaro, em termos de essência? Pode haver (mais)
amor entre seres de espécies diferentes. Deve
haver igualdade. Deve haver mais sensibilidade. Segundo a autora, "O tempo precisa parar para que haja ternura".
Por fim, o livro nos
marca com uma grande interrogação: “Quem sou eu?”. A nossa essência é posta em
xeque. Leitura recomendada.
Título: Nós, animais
Autora: Evely Libanori
Editora: Livre Expressão
Gênero: Crônicas
Título: Nós, animais
Autora: Evely Libanori
Editora: Livre Expressão
Gênero: Crônicas
Ano: 2014
Páginas: 98
Contém ilustrações
Páginas: 98
Contém ilustrações
Marco Hruschka
quarta-feira, 9 de abril de 2014
No que você está pensando?
Dia 29 de março de 2014 aconteceu o lançamento do livro "No que você está pensando?", de Marco Hruschka, na Câmara Municipal de Maringá. O evento contou com música ao vivo e coquetel para os convidados. Mesmo com a chuva, que tomou boa parte da noite, os leitores compareceram para prestigiar o autor. Foi uma noite de confraternização, boa música, com papo, descontração e muitos autógrafos!
Gostaria de agradecer a todos os presentes! E você, no que você está pensando?
O livro está à venda AQUI (Site da Editora Multifoco)
e AQUI (Livraria Cultura)
APOIO:
Salão Classic (coquetel)
Central dos Retalhos (coquetel)
Casa dos Uniformes (coquetel)
Excellent Global (coquetel)
Ingá Cup (copos personalizados)
Postnet (marca-páginas)
Daniele Mattos (fotografia)
João Paulo Bueno (música)
Thiago Melo (arte do banner)
Câmara Municipal de Maringá (espaço e estrutura)
e AQUI (Livraria Cultura)
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Salão Classic (coquetel)
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Excellent Global (coquetel)
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João Paulo Bueno (música)
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Câmara Municipal de Maringá (espaço e estrutura)
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Coquetel |
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Patrocinadores |
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Muita gente boa presente |
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Convidados curtindo o coquetel de lançamento |
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Um brinde aos leitores |
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Autografando um exemplar para o grande poeta Jaime Vieira |
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A melhor parte: autografar! |
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Alunos presentes, só alegria! |
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Meu irmão apoiando o evento |
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O evento contou com a presença de João Paulo Bueno, voz e violão |
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Família compareceu em peso |
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Convidados especiais |
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Kit vendido no dia do lançamento |
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Lançamento
"Este livro é um desafio! Quem nunca entrou em sua rede social e se deparou com a pergunta escrita com letras esmaecidas, “No que você está pensando?”, e ficou sem saber o que dizer?! Pois é, Marco Hruschka escreveu este livro todo. Foi bem ali, naquele espaço para postar seu status, suas novidades, pensamentos, ações ou o que quer que seja que o autor criou de maneira, ao mesmo tempo, leve e profunda, reflexões sobre diversos temas que nos abrangem. E por isso que esta obra tem um caráter inovador e ousado, pois, em tempos de ciberespaço, traz, de maneira irônica e atrevida, o (hiper?) texto para as páginas deste livro. Após a leitura desta obra, nós, irremediáveis internautas, nos lembraremos que ali também pode ser escrito arte, cultura, reflexão, críticas, desabafos, ou tudo isso em uma tacada só... quem sabe? Certamente, a leitura desse livro transformará, interpelará, atravessará e acrescentará à visão turva que há, por parte de muitos, sobre o espaço virtual enquanto meio de comunicação, expressão e, por que não, meditação tão rico que é. Para Hruschka, “escrever é uma tentação”. E para você, leitor, lê-lo será cair nesta prazerosa e distinta tentação."
Ana Maria Sabino
Professora de língua portuguesa e mestre em Estudos Linguísticos
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Algo a mais (Conto erótico)
Nosso relacionamento já
não estava como antes. No começo, tudo era perfeito, transávamos todos os dias,
sorríamos todos os dias, havia um fogo inacabável e estarmos juntos bastava
para os dois. Mas com o tempo o marasmo invadiu a nossa cama e a rotina começou
a minar a nossa relação. Era preciso fazer alguma coisa para salvar o que ainda
restava do nosso amor. Sim, nós nos amávamos! Mas existe uma fase na vida de um
casal em que é preciso renovar.
Então resolvi inventar algo, mesmo que passasse por cima de alguns conceitos e valores que eu tinha, para poder atar de vez o nosso laço. Resolvi chamá-la para sair, sem saber ainda o que poderia fazer para agradá-la. Sentia-me muito inseguro, tinha medo de perdê-la e por isso não tinha ideia do que fazer para surpreendê-la.
Fomos até um barzinho novo na cidade com cara de baladinha, pegamos uma mesa no canto e para sentar havia poltronas bem confortáveis. O ambiente contava com meia luz, um som agradável e pessoas bonitas. Nas paredes do bar, bebidas do mundo inteiro, uma bela decoração.
Minha mulher estava belíssima! Usava um vestido negro de malha com discretas lantejoulas, soltinho e, atendendo ao meu pedido, sem calcinha. Ela era loira e estava usando um rabo de cavalo, como eu gostava. Talvez ela também tivesse imaginado algo para aquela noite.
Eu já me sentia excitado só de imaginar o que poderia acontecer. Pedimos dois drinks, duas margueritas. A tequila a deixava relaxada. Ficamos curtindo o som, bebendo e batendo papo por um tempo. Pedimos mais duas bebidas – dessa vez dois martinis - e eu comecei a encará-la com cara de safado. Ela retribuiu. Começamos a nos beijar, com línguas molhadas, bocas encaixadas e intenções segundas. Apertei uma de suas coxas e comecei a alisá-la em direção à sua bocetinha. Ela tremia! Eu alisava, ela se abria. Quando percebi estava com os dedos molhados, masturbando seu grelinho enquanto chupava a sua língua deliciosa. Paramos por alguns segundos e olhamosem volta. Percebemos
que havia um casal sentado de frente nos observando. A excitação era tanta que,
sem nos comunicar verbalmente, sabíamos o que deveríamos fazer. Era o
diferencial que eu procurava, a deixa, a oportunidade. Voltamos a nos beijar e
quando coloquei a mão dentro do seu vestido novamente, ela estava ainda mais molhada,
estava adorando a sensação de ser observada.
Estávamos sentados numa parte mais reservada do bar. Os seguranças do local quase não passavam por ali e quando passavam fingiam que não viam nada. No fundo, era divertido pra eles também. Quanto ao casal, ele tinha uns 37 anos, era alto, magro, corpo de nadador, cabelos negros, lisos, penteados pra trás, barba bem aparada, estava bem vestido, camisa cinza, jeans escuro, cinto e sapatos pretos. Depois fiquei sabendo que era um empresário bem sucedido. Ela era morena de cabelos negros, olhos verdes, uns 26 anos, estava usando um vestido de paetê todo aberto nas costas, tinhas coxas bem trabalhadas, uma linda mulher.
Nós nos beijávamos como nunca havíamos nos beijado antes. O álcool estava nos deixando ao mesmo tempo relaxados e corajosos. Queríamos mais! Precisávamos de mais. Olhamos para o casal novamente e a morena estava apertando o pau do seu parceiro por cima da calça, olhando pra gente com cara de safada. O que eles queriam, afinal? Eu só sei o que EU queria: dar prazer para a minha mulher, não importa como fosse!
Percebi que a minha loira, a mulher que eu amava, estava olhando vidrada para o volume na calça do tal empresário. Aquilo me causou um turbilhão de sensações. Fiquei com ciúmes, pois nunca havíamos nos traído e nunca havíamos dado brechas para coisas novas na nossa relação. Era quase tudo dentro dos moldes tradicionais. Entretanto, quando estávamos dentro de quatro paredes, nos divertíamos muito, fazíamos coisas inusitadas, mas nunca havíamos aberto as portas para ninguém. E ela continuava olhando, não conseguia disfarçar. Deu uma mordidinha nos lábios. Sabia que estava muito excitada. Então senti meu pau latejar dentro da cueca. Não sabia o que aquilo significava, estava totalmente confuso. Não entendia como ciúmes e tesão poderiam estar correlacionados. Mas funcionava!
De repente, eles estavam hipnotizados. Parecia que conversavam por telepatia. Estavam trepando via transmissão de pensamentos. Sem que eu percebesse, ele levantou e foi até o banheiro. Minha mulher sussurrou algo nos meus ouvidos como “já volto”, levantou-se segura do que estava fazendo, não só a ela, mas por mim também, e foi atrás. Eu não pude fazer nada. Não sabia o que realmente fazer. Deixei que fosse. E meu pau pulsava no descompasso do coração...
Então resolvi inventar algo, mesmo que passasse por cima de alguns conceitos e valores que eu tinha, para poder atar de vez o nosso laço. Resolvi chamá-la para sair, sem saber ainda o que poderia fazer para agradá-la. Sentia-me muito inseguro, tinha medo de perdê-la e por isso não tinha ideia do que fazer para surpreendê-la.
Fomos até um barzinho novo na cidade com cara de baladinha, pegamos uma mesa no canto e para sentar havia poltronas bem confortáveis. O ambiente contava com meia luz, um som agradável e pessoas bonitas. Nas paredes do bar, bebidas do mundo inteiro, uma bela decoração.
Minha mulher estava belíssima! Usava um vestido negro de malha com discretas lantejoulas, soltinho e, atendendo ao meu pedido, sem calcinha. Ela era loira e estava usando um rabo de cavalo, como eu gostava. Talvez ela também tivesse imaginado algo para aquela noite.
Eu já me sentia excitado só de imaginar o que poderia acontecer. Pedimos dois drinks, duas margueritas. A tequila a deixava relaxada. Ficamos curtindo o som, bebendo e batendo papo por um tempo. Pedimos mais duas bebidas – dessa vez dois martinis - e eu comecei a encará-la com cara de safado. Ela retribuiu. Começamos a nos beijar, com línguas molhadas, bocas encaixadas e intenções segundas. Apertei uma de suas coxas e comecei a alisá-la em direção à sua bocetinha. Ela tremia! Eu alisava, ela se abria. Quando percebi estava com os dedos molhados, masturbando seu grelinho enquanto chupava a sua língua deliciosa. Paramos por alguns segundos e olhamos
Estávamos sentados numa parte mais reservada do bar. Os seguranças do local quase não passavam por ali e quando passavam fingiam que não viam nada. No fundo, era divertido pra eles também. Quanto ao casal, ele tinha uns 37 anos, era alto, magro, corpo de nadador, cabelos negros, lisos, penteados pra trás, barba bem aparada, estava bem vestido, camisa cinza, jeans escuro, cinto e sapatos pretos. Depois fiquei sabendo que era um empresário bem sucedido. Ela era morena de cabelos negros, olhos verdes, uns 26 anos, estava usando um vestido de paetê todo aberto nas costas, tinhas coxas bem trabalhadas, uma linda mulher.
Nós nos beijávamos como nunca havíamos nos beijado antes. O álcool estava nos deixando ao mesmo tempo relaxados e corajosos. Queríamos mais! Precisávamos de mais. Olhamos para o casal novamente e a morena estava apertando o pau do seu parceiro por cima da calça, olhando pra gente com cara de safada. O que eles queriam, afinal? Eu só sei o que EU queria: dar prazer para a minha mulher, não importa como fosse!
Percebi que a minha loira, a mulher que eu amava, estava olhando vidrada para o volume na calça do tal empresário. Aquilo me causou um turbilhão de sensações. Fiquei com ciúmes, pois nunca havíamos nos traído e nunca havíamos dado brechas para coisas novas na nossa relação. Era quase tudo dentro dos moldes tradicionais. Entretanto, quando estávamos dentro de quatro paredes, nos divertíamos muito, fazíamos coisas inusitadas, mas nunca havíamos aberto as portas para ninguém. E ela continuava olhando, não conseguia disfarçar. Deu uma mordidinha nos lábios. Sabia que estava muito excitada. Então senti meu pau latejar dentro da cueca. Não sabia o que aquilo significava, estava totalmente confuso. Não entendia como ciúmes e tesão poderiam estar correlacionados. Mas funcionava!
De repente, eles estavam hipnotizados. Parecia que conversavam por telepatia. Estavam trepando via transmissão de pensamentos. Sem que eu percebesse, ele levantou e foi até o banheiro. Minha mulher sussurrou algo nos meus ouvidos como “já volto”, levantou-se segura do que estava fazendo, não só a ela, mas por mim também, e foi atrás. Eu não pude fazer nada. Não sabia o que realmente fazer. Deixei que fosse. E meu pau pulsava no descompasso do coração...
Ele sabia que ela iria. Abriu a porta de uma das divisórias do banheiro e ficou esperando lá, com a pica cheia de prazer pra dar. Ela entrou. Não havia ninguém mais além dele. Entrou e a porta foi fechada. Enfim sós. O empresário boa pinta e a MINHA mulher. Ela queria uma putaria. Ela queria se reinventar. Foi abrindo cada botão da camisa dele, bem devagar, suavemente, enquanto ele ofegava. Ele tinha um peitoral definido e depilado. Ela passava a língua pelos seus mamilos e descia lambendo pela barriga, subia novamente e mordiscava os bicos dos peitos. Mas o melhor ainda estava por vir. O que ela queria de verdade era sorver todo o prazer que ele acumulava naquelas bolas. Então agachou, abriu o cinto, agora com um pouco mais de selvageria, sempre olhando pra ele com cara de piranha, abriu o botão, abaixou o zíper e puxou a calça com tudo pra baixo, fazendo com que a cueca descesse junto. O pau saltou pra fora, balançando na frente da cara dela. Uma pica grossa, dura, lisa, de cabeça rosa e macia.
Eu continuava lá fora, bebendo e imaginando se ela havia apenas ido ao banheiro ou o que estaria fazendo. Ansioso como nunca estive, excitado como nunca estive. A mulher dele, a morena, continuava tranquila na mesa, bebendo sua vodca com suco.
Então a minha loira, que tinha uma boca linda e suave, lambeu os lábios e passou a língua de baixo até na cabecinha, fazendo com que ele quase uivasse de excitação. E num súbito abocanhou aquele cacete e começou a boquetar e a bater ao mesmo tempo. Só conseguia chupar um pedaço, pois era uma pica e tanto. Ele estava explodindo de tesão, as veias do pau inchadas. Começou a mexer o quadril rebolando e fodendo a boca dela. Ela babava e mamava. Literalmente com água na boca. Mas ela tinha pressa, pois o que ela queria era beber o seu leite. Acelerou os movimentos e suplicou, com a voz inebriada:
- Goza na minha boquinha!
Então ele socou a vara na boca dela com vontade e avisou:
- Vou gozaaar! Bebe tudo, vadia!
Pois ela, que adorava engolir tudinho, embebedou-se um pouco mais, sem perder uma gota sequer.
Em seguida, enquanto ele se recuperava do gozo no banheiro, ela levantou-se, lavou-se e voltou para a nossa mesa, com um sorriso ao mesmo tempo leve e misterioso. Ninguém havia visto nada.

Sentou-se ao meu lado, beijou-me o canto da boca e disse no pé do meu ouvido:
- Vou te recompensar ainda hoje.
E tivemos a maior noite de amor dos últimos anos.
Marco Hruschka
A noite do vinho (Conto erótico)

Só de vê-la conversando com
aquela cara de safada com o Schneider – que era quinze centímetros mais alto
que eu, era loiro, tinha olhos claros, possuía um físico impecável e tinha fama
de pauzudo - eu já morria de ciúmes. Ela era a MINHA putinha!
Ela namorava um holandês, entretanto
quase não o via e, como era viciada em sexo, precisava de alguém para
satisfazê-la na sua ausência. Foi aí que eu entrei na parada. Qual era a minha
função? Meter! Eu deveria comê-la e só! E eu estava fazendo isso muito bem,
diga-se de passagem, até ela mostrar que quem estava no comando da situação era
ela, não eu.
Depois do churrasco da tarde no
qual ela ficou de conversinha com o tal Schneider, eu percebi que ela era mais
atraente do que eu imaginava. Pelo simples fato de se mostrar independente,
dona de si, conquistadora e indiferente, tudo ao mesmo tempo. Eu sabia que ela
ia dar pra ele e isso me deixava maluco de ciúmes. A insegurança me movia.
Pela noite, liguei pra ela e
disse que precisávamos conversar pessoalmente. Venha até meu apartamento – ela
disse.
Chegando lá, sentei-me em um dos
dois sofás brancos que havia na sua sala. Ela sentou-se de frente para mim, no
outro. Seu nome era Tatiana, tinha pele branca, cabelos negros, lisos e
compridos. Olhar sacana, sarcástica, infiel (o que pra mim acaba sendo um
agravante sexual) e tinha piercing na língua, o que a deixava ainda mais sexy. Se
eu pudesse dar a ela um diferencial eu citaria seus seios, fartos, macios,
quentes e belos. Começamos a conversar e logo virou uma discussão, pois eu não
tinha argumentos concretos. O que eu alegaria, se não éramos namorados nem
nada? Eu era justamente o outro, aquele que não podia reivindicar nada além de
uma foda bem dada. Como eu poderia proibi-la de conversar com outro cara? O
stress foi tomando conta de mim e ela começou a usar isso a seu favor.
Levantou-se, pegou uma garrafa de vinho tinto, um Borgonha de uva Pinot Noir, e
sentou-se novamente. Não sei se ela sabia, provavelmente sim, que essa uva é
considerada pelos especialistas como a mais afrodisíaca. Começou a beber no
gargalo sem deixar de me olhar com cara de piranha.
- É isso que você quer? – disse,
deixando o vinho escorrer pelo queixo, chegando até os seios.
- Sim, é isso que quero –
retruquei, entrando no jogo dela.
De repente ela estava toda
lambuzada de vinho, derramava cada vez mais. Então se levantou, tirou a roupa e,
no meio da sala, começou a jogar mais vinho pelo corpo.
- Vem e bebe! – ordenou.
- Ajoelhei aos seus pés e comecei
a beber do líquido que percorria seu corpo e pingava indomável de sua boceta
depilada.
Chupava tudo, bebia tudo. Passava
minha língua como um animal feroz no meio das suas pernas, subindo até os seios
e voltando, e ia ficando cada vez mais louco por causa do álcool e da raiva
reprimida. O gosto da bebida misturada ao seu sabor particular resultava em um paladar
voluptuoso.
Tirei minha roupa também, já
manchada. Roubei a garrafa de suas mãos e disse:
- Agora é a sua vez!
Então ela veio beber na cabeça do
meu pau! Mamava gostoso, desvairada, enlouquecida. Passava a língua por tudo e
quase engolia minha pica junto com o vinho. Que boquete gostoso! Esfregava
minha vara na cara toda, lambuzando-se por completo. Como ela gostava de uma
travessura. E eu ainda mais!
Deitamos na poça de vinho e
começamos a trepar ali mesmo. A sala estava toda molhada, os sofás sujos e nos
deliciamos como crianças brincando na chuva. Eu metia com tanta força que ela
gritava sem levar em consideração os vizinhos. Gemia feito uma cadela no cio.
Piranha! Agora eu ia me vingar, ia fodê-la com nunca havia feito, para ela
saber que EU era o seu macho! Coloquei-a de quatro, escorada no sofá, bem
empinada e montei nela. Socava como um cavalo garanhão e ela desfalecia de
prazer. Abria sua bunda e metia a vara socando o dedo no seu cuzinho. Ela já
não sabia se gritava, se gemia ou se soluçava.
Então, peguei-a no colo, ainda
escorada no pau e levei-a até o chuveiro. Ela estava enfurecida de tesão com
o que estávamos fazendo, então, já com a água a nos lavar, ela meteu um tabefe
na minha cara. Ah, havia esquecido de dizer, ela adorava uma boa briga de amor.
Em outras palavras, a vadia gostava de apanhar... e de bater! Foi automático,
soquei a mão na cara dela de volta e então a putaria começou de verdade. A
gente se beijava com a água a percorrer os nossos corpos, eu chupava a sua
língua e mordia a sua boca com força, louco pra sentir o gosto do seu sangue,
mas me continha para não acabar com ela. Estávamos metendo de pé, eu apenas
havia levantado uma perna dela e entrado por baixo. Encharcados de satisfação. De
repente, depois de levar mais um tapa, virei com tudo e quebramos o boxe. Ela
estava pouco se lixando, o que ela queria era isso mesmo, ver o pau torar!
Então a joguei na cama e, molhados, recomeçamos a meteção. Cansado de apanhar – ela tinha a mão pesada -
fiz com que ela ficasse de costas, assim ela ficaria toda exposta, submissa e
eu faria o que desejasse com ela. Soquei o pau com tudo e bombava irado naquela
puta safada. Ela rebolava gostoso e meu pau começou a latejar dentro dela.
Batia com força naquela bunda e ela, por ser branquinha, já estava toda
marcada. Tirei o pau da boceta e mirei no cuzinho, que já estava todo melado.
Sem hesitar, ela pediu:
- Me fode no rabinho!
Antes de pôr a cabecinha, ainda
dei uma boa brincada na bordinha, fazendo com que ela implorasse para que eu a
estuprasse por trás. E assim foi. A pica passava lisa naquele buraquinho e ela
estava à vontade com tudo aquilo, como uma verdadeira devassa. Enquanto comia o
rabo dela, acariciava seus seios deliciosos. Ela gritou:
- Vou gozaaaar!
Então eu acelerei e o tesão
máximo veio de súbito!
Gozamos juntos, eu dentro dela.
Que sensação extraordinária!
Deitamos juntos na cama e, depois
de alguns minutos, depois de recuperar o fôlego e retornar à realidade, ela
disse de maneira leve, quase sussurando, mas irrefutável:
- Pode ir agora.
Molhada (Conto Erótico)
Amanda tinha uma relação muito íntima com água. Toda vez que
ia tomar banho ficava excitada. Tirava a roupa com sensualidade para si mesma
e, cheia de charme, começava a se molhar. A água percorria-lhe o corpo
arrepiando cada centímetro de pele. Era muito excitante para ela o contato
intrínseco com esse elemento natural. Então depois de relaxar um pouco, ela
pegava o chuveirinho...
Era uma viagem. Ela se desligava totalmente do
mundo e se concentrava apenas em seu prazer. Sentava-se no chão, abria as
pernas com delicadeza e apontava o jato de água para o seu clitóris. Os
primeiros movimentos eram circulares, o que a estimulava lentamente. Em
seguida, aproximava ainda mais o chuveirinho, o que fazia uma espécie de
massagem em seus lábios internos. Sua boceta começava a inchar, o sangue
pulsava para baixo, implorando pelo gozo. De repente, contorcia-se toda,
segurava o grito num gemido baixinho, uma lágrima de prazer escorria pelo rosto
e ela estava definitivamente pronta para o mundo. Renovada. Renascida.
Ela já havia transado tomando banho de
mangueira, na chuva, na banheira de motel e no próprio chuveiro de seu
apartamento. Os melhores orgasmos vinham justamente quando ela estava
literalmente molhada. Nem Amanda sabia o porquê, mas para ela água e gozo
estavam profundamente relacionados.
Amanda era aparentemente uma mulher normal.
Tinha cabelos castanhos, ondulados, nos ombros, pele clara, olhos negros,
magra, seios pequenos, quadril largo e bunda saliente. Mas se pudéssemos buscar-lhe
uma beleza, encontraríamos no modo misterioso de olhar, na maneira sacana de
sorrir e no jeito ímpar de fazer amor. Ela trepava como ninguém! Entendia do
assunto, era desinibida e tinha muita facilidade para gozar, sobretudo sozinha,
estimulando-se e brincando consigo mesma.
Entretanto, já estava sozinha havia alguns
meses, terminara o seu relacionamento de três anos e agora estava em uma fase
de libertação, autoconhecimento e transcendência. Dedicava um tempo do seu dia
para meditar em busca de equilíbrio espiritual. Ainda assim, era adepta a todo
tipo de prazer físico. Para ela, a alma e o corpo não eram uma coisa só, mas
ambos precisavam de cuidados especiais.
O fim de semana chegou e ela sentiu vontade de
fazer algo diferente. Sair da rotina era um de seus lemas. Contudo, a sua mente
a levou automaticamente para lugares aquáticos. Praias, clubes, aquários,
piscinas... isso, uma piscina hoje seria ótimo! Mas com quem ela iria? Não
queria envolvimentos, pois estava curtindo uma vibe diferente agora. Queria se
divertir e relaxar. Pensou bem e decidiu justamente não decidir nada. Iria para
o clube sozinha mesmo e chegando lá iria curtir o momento.
Pegou o seu biquíni predileto, a parte de baixo
lisa, branca, e a de cima com estampas coloridas. Ela sentia que ele valorizava
o seu corpo. Havia se depilado no dia anterior, então estava se sentindo muito
segura e sexy. Apanhou seu chapéu, uma toalha, protetor solar e seus óculos de
sol e partiu. Chegando lá, preferiu entrar primeiro na piscina grande, onde
havia muitas pessoas. Mergulhou e deliciava-se com a sensação de frescor em
pleno verão. Foi até o canto da piscina e ficou observando como as pessoas se
divertiam.
Percorrendo a todos com os olhos, avistou um
homem de uns trinta anos, moreno escuro, careca, forte, alto, corpo liso, usava
uma sunga preta e estava nadando sozinho. Tinha lábios carnudos e dentes
grandes e brancos. Ele era bombeiro, mas ela nem desconfiava. Na verdade, isso
não importava naquele momento. Admirava-o sem saber o motivo certo. Ficava
olhando para ele como alguém que precisa de água no deserto.
Resolveu se aproximar. Mergulhou até perto de
onde ele estava e quando saiu da água acabou esbarrando nele, de propósito,
claro. Ele a segurou, por instinto, com braços fortes mas suaves, achando que
ela estava se afogando ou algo assim. Cruzaram um olhar fulminante e ambos
sorriram, afinal, nada de mau havia acontecido, pelo contrário, uma energia
estranha e contagiante havia tomado conta dos dois naquele momento. Tem coisas
na vida que tornam as palavras realmente dispensáveis. Eles se sentiram à
vontade um com o outro. O bombeiro frequentava sempre aquele clube, conhecia
muito bem o lugar e tinha bons contatos lá dentro. Conversaram por alguns
minutos e então ela foi convidada por ele a conhecer uma outra piscina que
havia num lugar mais reservado. Ela aceitou. Entretanto, nesse momento seu
biquíni não estava mais molhado apenas porque estavam dentro da água.
Foram até um lugar de acesso privado, fechado,
disponível para o bombeiro e para poucos. Ele conhecia o dono do local e tinha
as costas quentes, podia ir e vir como quiser. Já havia salvado algumas vidas
naquele clube. Era uma piscina pequena. Ele entrou primeiro e a convidou
esticando a mão e fazendo cara de puto. Ela retribuiu o olhar com cara de
safada e entrou em
seguida. Ambos sabiam o que queriam, não havia dúvidas,
frescuras nem joguinhos. Queriam trepar!
Aproximaram-se, ela colocou as mãos sobre o
peitoral dele, que por sua vez a agarrou pela cintura com firmeza. Começaram a
se beijar com uma fúria de dois apaixonados, como se o dia não fosse acabar,
como se não houvesse mais tempo para ser feliz. A química rolou, como era de se
esperar. O pau dele começou a inchar e parecia não caber mais na sunga. Ela
encostou seu corpo no dele e sentiu o seu volume. O bombeiro, percebendo que
ela estava entregue, pegou-a pelas coxas e a fez montar nele. Amanda fervia de
tesão, esfregava a sua bocetinha na pica grossa dele, remexendo e rebolando
feito uma vadia. Ela adorava uma sacanagem. E ele já estava no ponto de meter,
o pau latejando, duro como rocha, com as veias pulsando o veneno que mais tarde
ela beberia e a faria morrer de prazer.
Então, sem aguentarem mais esperar, ele arrancou
aquela vara enorme pra fora e olhou pra ela. Como toda vagabunda bem prendada -
e tomem isso como um elogio -, não foi preciso dizer palavra, ela desceu,
prendeu a respiração e começou a chupá-lo debaixo da água. Mamava o quanto
suportava e subia tomar ar, descia novamente, colocava tudo na boca, punhetava
e voltava. A danada sabia fazer o serviço bem feito. O bombeiro já estava
ficando louco, então a encostou numa beirada da piscina, tirou o biquíni de
lado e carcou com força a sua mangueira cheia de fogo nela. Amanda, escorada e
empinada ao máximo, rebolava e socava a bunda na piroca do moreno. O cara metia
com vontade, lutando contra a pressão da água, e então resolveu provocá-la,
colocou dois dedos na boca dela. Enquanto ela chupava os dedos dele, levava uma
carcada por trás. Ela mordia e babava. Que trepada deliciosa. Quando ele percebeu
que não iria mais aguentar, subiu na borda da piscina, sentou-se, e enquanto se
masturbava, ela veio abocanhando tudo, desejando como nunca sorver todo aquele
leite. E assim foi. Ele jorrava porra pra cima e ela bebia tudo com uma
velocidade de perita, profissional, dedicada, deliciada.
Ao término, sorriram um para o outro, sabendo,
ambos, que a missão estava cumprida. Pelo menos para ele. O que o bombeiro não
sabia é que não havia conseguido acabar com o incêndio que ainda tomava conta
dela.
Voltaram para a parte central do clube. Ele foi
para a piscina. Amanda ficou tomando sol, bebendo e olhando as pessoas. Seu
corpo trepidava por dentro. Faltava-lhe algo. Depois de algumas horas,
trocou-se e foi embora. Chegando em casa, entrou no banheiro, olhou para o
chuveirinho e sentiu que sua calcinha estava ficando molhadinha novamente.
Marco Hruschka
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Despir
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Ritual

Para alimentar meus anseios indiscretos,
Vou beber dos teus segredos
Para nutrir o meu amor.
O meu pecado é fingir não te amar.
Quero a tua língua roçando minhas tentações
Só pra eu saber que tudo é possível,
Só pra eu saber que você é possível,
Me olhe com paixão, fé, fúria e força!
Redescubra-nos!
Quero ter a certeza de que o céu
Não precisa ser necessariamente azul,
Ele pode ter a cor dos teus olhos.
Quero que sussurre nos meus ouvidos
Coisas proibidas,
Outros mundos,
Neologismos sexuais,
Variações linguísticas do amor,
Para inventarmos juntos,
Numa mistura incompreensível aos sensatos,
Num ritual indelével de delícia,
Um instrumento musical alucinógeno
Capaz de mover montanhas, de abrir mares,
De fechar os olhos, de antever orgasmos...
Marco Hruschka
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Livre arbítrio
Às vezes eu acho que o tempo não passa
E ir ou vir já não faz diferença também
Tem hora que eu acho tudo tão sem graça
Que apenas o estar aqui já faz de mim refém
A vida, sem dó nem piedade, me devassa
E viver já não é uma opção, desdém!
Existir, de repente, se torna uma ameaça,
Dou adeus aos ficantes, sem lamento, amém
E ir ou vir já não faz diferença também
Tem hora que eu acho tudo tão sem graça
Que apenas o estar aqui já faz de mim refém
A vida, sem dó nem piedade, me devassa
E viver já não é uma opção, desdém!
Existir, de repente, se torna uma ameaça,
Dou adeus aos ficantes, sem lamento, amém
Marco
Hruschka
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Fatalidade
Poema escrito sob o luto pela perda de um grande amigo, professor e poeta, Marciano Lopes e Silva.
As luzes artificiais dos postes
Iluminam o caminho naquela avenida,
Que jaz sob a neblina da madrugada.
A única coisa que vive de fato
É o ar, gélido, que perfura
As entranhas de quem ousa respirá-lo;
E há poesia ali.
Vou passando e sentindo o vento,
Como um afago de outro mundo,
Então sou tomado por um pensamento,
Que passa em alta-velocidade,
Um flash dos momentos vividos,
Um resquício de existência,
Um ser ou não-ser mal resolvido;
E há poesia ali.
A noite serena o fim...
Um homem bom se foi.
Seu corpo não pulsa mais.
Sua alma já percorre, viaja, se emana...
A morte fez o seu enigmático trabalho
E o mundo gira lento...
Inabalável...
Cabal;
E há poesia ali.
Marco Hruschka

Iluminam o caminho naquela avenida,
Que jaz sob a neblina da madrugada.
A única coisa que vive de fato
É o ar, gélido, que perfura
As entranhas de quem ousa respirá-lo;
E há poesia ali.
Vou passando e sentindo o vento,
Como um afago de outro mundo,
Então sou tomado por um pensamento,
Que passa em alta-velocidade,
Um flash dos momentos vividos,
Um resquício de existência,
Um ser ou não-ser mal resolvido;
E há poesia ali.
A noite serena o fim...
Um homem bom se foi.
Seu corpo não pulsa mais.
Sua alma já percorre, viaja, se emana...
A morte fez o seu enigmático trabalho
E o mundo gira lento...
Inabalável...
Cabal;
E há poesia ali.
Marco Hruschka
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Ausência
Meus braços formigam,
Minha cabeça gira
E tudo passa tão rapidamente
Que o frenesi não me deixa
Na mente...
Dormente...
Dor...
Mente...
As pálpebras tremulam
Como quem, louco,
Quer saltar de um precipício...
Demente!
A taquicardia me lembra
Que estou vivo,
Acelera, acelera!
Perdê-la é a quase morte,
Pois é um pedaço de mim,
E, de repente, o calor sua...
A pele sua...
A pele sua...
E o tempo para
Para nunca mais voltar.
Para nunca mais voltar.
Marco Hruschka
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Entrevista para o Projeto "Divulga Escritor", com a jornalista Shirley Cavalcante
Marco Hruschka nasceu em Ivaiporã – PR na data de 26 de agosto de 1986. Mas foi em Maringá – PR que desenvolveu a arte da escrita, cidade na qual habita atualmente. É graduado em Letras – Português/Francês pela Universidade Estadual de Maringá – UEM. Leciona Língua Francesa e é pesquisador literário. Seus textos (poemas, contos e reflexões) tratam o amor de maneira profunda e peculiar. Publicou em 2010 seu primeiro livro de poemas, chamado “Tentação”. Pretende lançar em breve seu livro de pensamentos, “No que você está pensando?”. Já contribuiu com seus escritos em mais de 50 antologias nacionais. Dia 15 de dezembro de 2012, tomou posse da cadeira número 25 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro (ANLPPB), tornando-se o patrono da mesma.
“…Eu escrevo para que as pessoas sintam e pensem em demasiado, para que saiam da normalidade de suas vidas. Para mim, a literatura tem a função de tirar o indivíduo de seu eixo. É dessa forma que procuro contribuir.
Boa Leitura!
SMC – Prezado escritor Marco Hruschka, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que o motivou a ter o gosto pela escrita? Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro?
Marco Hruschka - O prazer é todo meu. Bem, eu me considero um leitor tardio. Comecei a ler os grandes clássicos depois de ingressar no curso de Letras e a ler o que havia de mais novo bem mais tarde. Por outro lado, comecei a escrever com meus 21 anos. Descobri que podia escrever poemas e tocar as pessoas a partir de um exercício que uma professora propôs em sala de aula: escrever uma estrofe de um soneto. Quando me vi capaz disso, passei a escrever sonetos freneticamente, o que acabou resultando no primeiro capítulo do meu livro Tentação. Em seguida criei um blog onde comecei a publicar meus escritos. Logo comecei a receber comentários e elogios, o que me incentivou ainda mais. Senti que podia publicar um livro e iniciar uma carreira como escritor. Então compilei meus principais poemas e o resultado foi o Tentação, que é justamente meu trabalho poético até 2010.
SMC – Que temas você aborda em seu livro de poesias “Tentação”? O que o inspira a escrever sobre estes temas?
Marco Hruschka - O Tentação é multitemático. Ali você encontra poemas que versam sobre a natureza, a sociedade, o tempo, a vida e a morte, Deus e religião, as musas, o sofrimento e os sentimentos mais profundos do ser humano. Há poemas, inclusive, com uma pitada de erotismo. Contudo, a predominância ainda é o Amor, que é tratado de uma maneira muito peculiar. Eu me considero um poeta cujo combustível é justamente a inspiração. Não se cria versos sem paixão. Eu tenho que estar sentimentalmente preparado para escrever o poema. E as palavras, embaralhadas em algum lugar do espaço, devem estar prontas para se transformar em poesia! A sensibilidade e as emoções do poeta são o imã que atrai magicamente cada verso, estrofe, rima, metáfora, colocando-os nos seus devidos lugares. Escrever é uma tentação!
SMC – Como foi a escolha do Titulo do livro “Tentação”?
Marco Hruschka - O texto que fiz para a contracapa do livro resume muito bem o porquê da escolha. Ei-lo: “O que é Tentação, afinal? Tentação é, acima de tudo, desejo, vontade, ânsia e paixão. O querer. O movimento íntimo de si em relação à pena e ao papel, o versar subconsciente, as letras delatando nada mais do que partes do seu interior. É também a denúncia do que está fora, mas que o cerceia, e que, de alguma forma, o seu consciente não quer aceitar. Por extensão, Tentação é o ato ou efeito de tentar, ou seja, a tentativa de moldar a poesia e depois a cobiça de se desprender das regras, de criar asas. A tentativa do primeiro livro. É tudo isso e mais: é o impulso, o apetite, a sensualidade. Todos os poemas levam uma gota do nome do livro. Cuidado para não cair em Tentação!”.
SMC – Quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar um novo livro?
Marco Hruschka - Dentre meus principais projetos para o ano que vem estão a realização de um festival literário aqui na minha cidade, Maringá, e a publicação de um novo livro, que se chamará No que você está pensando?. Este livro trará pensamentos curtos, seguindo a preferência do leitor moderno, sobre temas como relacionamentos, o amor, a sociedade, a vida e a morte e o próprio escrever. Trata-se de textos que foram escritos diretamente no facebook, recebendo o feedback dos leitores, por meio de comentários e compartilhamentos, em tempo real. Agora, muitos deles já estão no meu blog. Pretendo levar para a mídia impressa aquilo que vivenciei no mundo virtual. Será um livro diferenciado. Algo novo no mercado.
SMC – Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
Marco Hruschka - As pessoas que mais se identificam com os meus poemas e textos em geral são aquelas que possuem ou um pensamento crítico forte ou um sentimento igualmente forte que não consegue colocar para fora. Geralmente, essas pessoas se veem na minha literatura, acabam sentindo que aquilo fora escrito especialmente para elas e se emocionam. Eu escrevo sobre sentimentos comuns a todas as pessoas. Eu escrevo a todos aqueles que já tiveram um amor, consumado ou perdido. Eu escrevo a todos aqueles que não concordam com tudo que se impõe a sua frente. Eu escrevo para que as pessoas sintam e pensem em demasiado, para que saiam da normalidade de suas vidas. Para mim, a literatura tem a função de tirar o indivíduo de seu eixo. É dessa forma que procuro contribuir.
SMC – Escritor Marco, de que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
Marco Hruschka - Atualmente eu divulgo o meu trabalho sobretudo nas redes sociais. Como disse, escrevo sempre no facebook, na página pessoal e na página de escritor, e depois republico alguns dos textos no blog (www.letralirica.blogspot.com ). Existe ainda outra forma de divulgação, que são as antologias literárias. Participo sempre que posso e já estou presente em mais de 50 livros diferentes. Ainda, contribuo com algumas revistas tais como Pluriversos e Outras Palavras, ambas de Maringá. Por fim, quando há eventos relacionados à literatura, como os da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, da qual sou membro efetivo, faço uso da palavra e declamo alguns poemas.
SMC – Onde podemos comprar o seu livro?
Marco Hruschka - Hoje meu livro não se encontra mais nas livrarias. Eu utilizo a atual edição para projetos sociais, de incentivo à leitura, doações etc. Contudo, alguns leitores me pedem e eu lhes envio pelo mesmo preço que era vendido nas livrarias. Quem se interessar em adquirir o Tentação pode enviar um e-mail para marcohruschka@hotmail.com para saber mais detalhes.
SMC – Quem é o escritor Marco Hruschka? Quais seus principais hobbies?
Marco Hruschka - Eu sou um amante das artes em geral. Colecionador de livros, possuo uma biblioteca que cresce a cada dia, tesouro que pretendo repassar aos meus futuros filhos. Será a minha herança a eles (risos). Além disso, aprecio tudo que tem relação com a cultura francesa: artistas, monumentos, história, gastronomia etc. No cotidiano, gosto de assistir filmes, tanto no cinema quanto em casa, jogar futebol com os amigos e, ultimamente, tenho aperfeiçoado mais um gosto pessoal: cozinhar. Aprecio muito a cozinha italiana. No fim das contas, escrever acaba sendo o “passatempo” que mais me realiza.
SMC – Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?
Marco Hruschka - Como seria bom se as editoras não buscassem apenas livros “bons de mercado” (risos). Uma boa leitura não é necessariamente um best-seller. Um best-seller não é necessariamente uma boa leitura. Eu acho um processo muito complicado lançar um livro por uma editora. Com muita sorte, depois do aceite, a editora acaba moldando a sua obra para que ela seja vendável, com isso ela acaba perdendo a sua essência. Eu preferi lançar o meu livro de maneira independente, ou seja, banquei a edição, assim ele saiu como eu queria na época. Eu acho que o escritor iniciante não conhece os poucos caminhos que existem entre ele e uma editora de qualidade ou um projeto de incentivo. Creio que deveria haver seleções mais justas, concursos mais verdadeiros e iniciativas por parte tanto do governo federal como dos meios privados que viabilizassem de fato o encontro do talento emergente com o público leitor.
SMC – Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Marco Hruschka, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Marco Hruschka - A mensagem para o leitor é simples e clichê: Leia! Adquira o hábito da leitura. Comece lendo o que gosta e passe a ler coisas diferentes. Seja curioso. Procure o significado de uma palavra nova. Reflita. Leia os clássicos. Leia os novos. Incentive a leitura por onde você passar. Dê livros de presente, é elegante, é charmoso. Por fim, deixo-os com um texto meu que estará no próximo livro:
“Escrevo na tentativa de me curar. É o meu antídoto. Fui infectado pelo vírus da expressão e a única maneira de sarar é justamente escrever. Tudo o que me vem à mente, às vezes até mesmo sem querer, sem que eu me concentre, implora para ser exprimido. Entretanto, não antes de ser lapidado. Não antes que eu desenhe o texto e o pinte com as minhas cores prediletas. A arte final exige retoques. As palavras vivem por aí, soltas no mundo das ideias. Mas, para que façam sentido, precisam ser unidas umas às outras engenhosamente. O texto é como um quebra-cabeça, se não for bem encaixado, fica imperfeito. Eis o meu veneno e o meu remédio. Delinear sentidos requer responsabilidade e por isso mesmo costuma ferir, visto que estou preso a esse sistema de sinais, volátil, restrito, intangível e só posso me comunicar por meio dessa torre de babel, que é a linguagem. Mas eu hei de controlá-la, dominá-la e fazer prevalecer as minhas intenções. Então, tenho prazer. Sem vacilar, insisto porque amo o que faço. E amo o que faço porque insisto. Entretanto, ao mesmo tempo em que conquisto a imunidade, me infecto. É o meu carma. Sereno e algoz. Sou o sangue escorrendo em cima do papel e o tempo, que tudo cura. Não consigo evitar, pois não se trata de um ofício, mas de uma missão. Fui escolhido. Não tenho escolha. E mesmo que tivesse, não sei se optaria pelo não, pois a literatura me consome e me liberta. Quando eu me for, deixarei uma carta, será o modo como direi “oi” de onde estiver. O além é inevitável. Este escrito, também. É assim que eu falo. É aqui que eu me encontro”.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Língua ligeira
Que língua ligeira,
Que mexe, que gira,
Que sobe, que desce,
Uma arma sem mira...
Que língua ligeira,
De uma cor meio assim:
De pimenta, de fogo,
De sangue, carmim!
Que língua ligeira,
Que mexe, que gira,
Caliente, ousada,
O pecado me inspira.
Que língua ligeira,
Me toma, me mata,
Molhada, matreira,
Sedenta, irada!
Que língua ligeira!
Que mexe, que gira,
Que sobe, que desce,
Uma arma sem mira...
Que língua ligeira,
De uma cor meio assim:
De pimenta, de fogo,
De sangue, carmim!
Que língua ligeira,
Que mexe, que gira,
Caliente, ousada,
O pecado me inspira.
Que língua ligeira,
Me toma, me mata,
Molhada, matreira,
Sedenta, irada!
Que língua ligeira!
Marco Hruschka
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Semitonar-se
Às vezes só os bemóis me acalmam...
Porque no sofrimento semitonado
Encontro a fonte das dores que exalam
Tudo aquilo que não posso suportar.
Existe ali uma angústia...
Algo anterior ao mundo...
Uma coisa que jaz...
Faz com que eu renasça!
O sofrimento é revigorante!
Quem não sofre não é feliz!
Não vejo sequer uma luz ao longe,
Nem perto, nem nunca
E mesmo assim tudo cresce em mim.
Mas a esperança é a primeira que morre.
E é justamente isso que dá sentido
A essa posição fetal na qual eu me encontro.
Me encontro...
A vida é um eterno semitonar.
Marco Hruschka
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Um poema em cada árvore - Mobilização nacional 2013
Dia 21 de setembro de 2013 será realizado o "Um poema em cada árvore" (Mobilização Nacional), quando acontecerá em 59 (cinquenta e nove) cidades das cinco regiões brasileiras, inclusive em Maringá, uma edição simultânea do "Um poema em cada árvore" - iniciativa de incentivo à leitura que utiliza as árvores como suporte de leitura.
Trata-se de uma Mobilização Nacional em prol do incentivo à leitura, da conquista de novos espaços de fruição poética, ampliação do acesso da população à poesia, divulgação do trabalho de poetas desconhecidos do grande público e contribuição na elevação do índice de leitura em nosso país.
No dia em que se comemora o Dia da árvore, seremos juntos uma rede poetas, educadores, agentes culturais e sociais, cidadãos mobilizados em levar a poesia aonde o povo está.
Compareça! Viva a poesia!
Trata-se de uma Mobilização Nacional em prol do incentivo à leitura, da conquista de novos espaços de fruição poética, ampliação do acesso da população à poesia, divulgação do trabalho de poetas desconhecidos do grande público e contribuição na elevação do índice de leitura em nosso país.
No dia em que se comemora o Dia da árvore, seremos juntos uma rede poetas, educadores, agentes culturais e sociais, cidadãos mobilizados em levar a poesia aonde o povo está.
Compareça! Viva a poesia!
Marco Hruschka
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Quem sou eu?

- Marco Hruschka
- Maringá, Paraná, Brazil
- Marco Hruschka é natural de Ivaiporã-PR, nascido em 26 de agosto de 1986. Morou toda a sua vida no norte do Paraná: passou a infância em Londrina e desde os 13 anos mora em Maringá. Sempre se interessou em escrever redações na época de colégio, mas descobriu que poderia ser escritor apenas com 21 anos. Influenciado por professores na faculdade – cursou Letras na Universidade Estadual de Maringá – começou escrevendo sonetos decassílabos heroicos, depois versos livres, contos, pensamentos e atualmente dedica-se a um novo projeto: contos eróticos. Seu primeiro poema publicado em livro (Antologia de poetas brasileiros contemporâneos – vol. 49) foi em 2008 e se chama “Carma”. De lá para cá já, entre poemas e contos, já publicou mais de 50, não apenas pela CBJE, mas também em outras antologias. Em 2010 publicou seu primeiro livro solo: “Tentação” (poemas – Editora Scortecci). Em 2014, publicou “No que você está pensando?” (Multifoco Editora), livro de pensamentos e reflexões escrito primordialmente no facebook. É professor de língua francesa e pesquisador literário.
Lançamento

No que você está pensando?
"A vida é um compromisso inadiável" M. H.
"A cumplicidade é um roçar de pés sob os lençóis da paixão." M.H.
Meu livro de poemas

Tentação
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